pH da pele: entenda a importância, como medir e equilibrar

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Atualizado em 26.09.2023 | Postado em 04.05.2022
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Ácido, neutro ou básico. Você sabe qual é o pH da pele, para que serve, como medir e o que fazer para manter seu equilíbrio? Parece complexo, mas não é. A gente te explica.

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A pele desempenha um papel importante na proteção do organismo em relação ao mundo exterior. Para que essa função de barreira funcione adequadamente, alguns mecanismos são fundamentais. Entre eles, o equilíbrio do pH da pele.

Neste artigo, você irá conferir o que é e para que serve o pH, qual a sua relação com os estados da pele, como ele muda ao longo do dia e também do tempo (idade), como difere em determinadas partes do corpo, os sinais de que pode estar alterado e a influência dos cosméticos para sua manutenção ou desequilíbrio.

O que é o pH da pele e para que serve

pH é a sigla utilizada para designar o “potencial hidrogeniônico”, que determina se algo é ácido, neutro ou alcalino (básico). A escala do pH varia de 0 a 14, sendo considerado:

  • ácido: pH inferior a 7;
  • neutro: pH igual a 7;
  • alcalino ou básico: pH superior a 7.

No rosto e na maior parte do corpo, o pH ideal varia entre 4,7 e 5,75, ou seja, levemente ácido.Escala para ilustrar o pH da pele. A escala varia de 1 a 14, sendo o pH da pele de 4,5 a 5,75, ou seja, levemente ácido.Essa acidez forma um manto ácido, que mantém a flora microbiana natural da pele, fundamental para que ela possa desempenhar a sua função de barreira, manter a hidratação e proteger o organismo contra a entrada de agentes que podem causar infecções ou irritações.

Os estados da pele e a relação com o pH

Ao perder seu equilíbrio natural e comprometer a função da barreira cutânea, o pH  influencia no estado da pele. Isso, porque um pH neutro ou alcalino contribui para a perda de água transepidérmica, tornando a pele mais seca e sensível. Por outro lado, um pH muito ácido pode causar irritações e vermelhidão.

Além disso, a pele fica mais suscetível ao surgimento de algumas doenças. Como visto anteriormente, o pH levemente ácido é essencial para a preservação do microbioma da pele, constituído por fungos, vírus e bactérias que vivem em harmonia e inibem o crescimento de microrganismos patogênicos.

Logo, o desequilíbrio no pH altera esse microbioma, facilitando a proliferação de agentes infecciosos, causadores de acne, psoríase, dermatite atópica, rosácea, entre outros.

pH e ciclo circadiano: as mudanças da pele ao longo do dia

Assim como vários processos do corpo estão sujeitos ao ciclo circadiano (período de 24 horas), a pele também apresenta um biorritmo próprio e adapta suas funções de acordo com as oscilações da luz e do escuro, além de outros estímulos ambientais (raios solares, temperatura, entre outros).

Por isso, o pH da pele não é o mesmo ao longo do dia. Ao despertar pela manhã, a pele já se prepara para o que irá enfrentar, aumentando o seu potencial de autoproteção. É nesse momento que o pH se eleva para defender o corpo contra toxinas e microrganismos patogênicos que podem permear a barreira cutânea.

Já ao anoitecer, a pele entende que é o momento de descansar. O pH retorna à sua acidez normal, as secreções de sebo e suor diminuem, a permeabilidade cutânea aumenta e importantes processos de regeneração celular iniciam, reparando os danos que foram causados durante o dia.

Outros fatores que alteram o pH da pele

Alguns fatores internos e externos podem interferir no pH da pele, alterando o seu estado natural e causando irritação, ressecamento, hipersensibilidade, entre outras condições.

Por outro lado, esses mesmos fatores, quando observados e tratados, podem contribuir para uma pele mais resiliente, saudável, hidratada e com boa aparência.

Internos

  • Genética: fatores genéticos estão relacionados ao envelhecimento biológico de cada um, à predisposição para algumas doenças e também ao estado da pele. 
  • Idade biológica: ao nascer os bebês têm o pH elevado, pois o manto ácido não está completamente formado. Por isso a pele dos recém-nascidos é mais sensível. O mesmo acontece com a pele de pessoas idosas que, ao longo do tempo, perde a capacidade de manter o pH levemente ácido, exigindo mais cuidados.
  • Hormônios: as alterações hormonais, especialmente nas mulheres, causam mudanças significativas na pele, como acne na puberdade, melasma durante a gestação (devido ao aumento na produção de melanina) e o ressecamento da pele na menopausa (em virtude da queda nos níveis de estrogênio).

Externos

  • Uso de produtos agressivos à pele, como agentes de limpeza sulfatados com pH mais básico que desequilibram a oleosidade e a microflora cutânea, prejudicando sua função de barreira;
  • Lavar o rosto várias vezes ao dia e/ou usar água muito quente;
  • Alterações bruscas de temperatura e umidade;
  • Poluição;
  • Radiação ultravioleta;
  • Uso de alguns medicamentos ou realização de procedimentos médicos (radioterapia e diálise, por exemplo);
  • Tabagismo;
  • Dieta desequilibrada, rica em açúcares e gorduras ruins;
  • Estresse;
  • Sono desregulado.

O pH da pele não é igual em todas as partes do corpo

Você já deve ter observado que existem produtos específicos para determinadas partes do corpo. Por exemplo, sabonete íntimo, creme para as mãos, tônico facial, entre outros. Isso é porque o pH da pele não é igual em todo o corpo. Há diferenças, especialmente no rosto, nas mãos, nas axilas e na região íntima.

Rosto

O rosto tem um pH entre 4,7 e 5,75. Essa acidez leve é importante para protegê-lo dos agentes agressores externos, manter a pele resiliente, hidratada e saudável.

Corpo

Embora a maior parte do corpo tenha o mesmo pH do rosto (entre 4,7 e 5,75), as mãos podem sofrer variações devido à exposição constante à água, produtos de limpeza, entre outros agentes. Por isso, seu manto ácido pode sofrer oscilações, enfraquecendo a barreira cutânea e tornando a pele dessa região mais seca e irritada.

Axilas

O pH das axilas é mais próximo ao neutro, em torno de 6,5, o que torna essa região mais suscetível a bactérias (responsáveis pelo odor desagradável). Isso acontece por ser um local menos exposto ao ar e à luz, combinado ao uso de antitranspirantes ou produtos para remoção de pelos, que podem interferir na redução da acidez.

Região íntima

Assim como as axilas, a região íntima tende a ter um pH menos ácido, também em torno de 6,5, o que contribui para proliferação de bactérias. Por isso a importância do uso de sabonetes íntimos com pH ácido para tornar o meio mais equilibrado e reduzir a ocorrência de infecções.

Como saber o pH da pele

É possível saber qual é ou como está o pH da pele? Sim. Tanto por meio dos chamados medidores de pH, quanto pela percepção da própria pele.

Medidores de pH

Você pode testar o pH da sua pele por meio de medidores específicos. O ideal, nesse caso, é procurar um dermatologista que faça o teste e uma avaliação adequada do estado da sua pele. Isso possibilitará a indicação de produtos que atuam a favor da saúde cutânea, potencializando o que sua pele tem de melhor e tratando o que não está adequado.

Percepção da pele

Outra forma de perceber o pH da pele é identificar alguns sinais que indicam possíveis desequilíbrios, como ressecamento, vermelhidão, coceira, irritações, hipersensibilidade, acne, entre outros, especialmente após o uso de determinados produtos.

Esses sinais podem ser um indicativo de que os produtos escolhidos para sua rotina de cuidados diários não estão adequados ao momento da sua pele. Se estiver seca, por exemplo, o ideal é não usar produtos com pH alcalino, pois irão ressecar ainda mais.

A influência dos cosméticos no pH da pele

Equilibrar o pH da pele requer autoconhecimento e, muitas vezes, ajuda de um profissional habilitado. Observar, sentir, identificar possíveis sinais de desequilíbrio e entender o momento pelo qual a sua pele está passando é fundamental para a escolha dos produtos corretos e os cuidados diários com esse órgão tão importante para a saúde do organismo.

Você já deve ter usado um sabonete de limpeza facial, por exemplo, que deixou sua pele com sensação de ressecamento ou leve coceira ou, não é mesmo? Saiba que isso acontece quando o produto de limpeza possui um pH muito alcalino e acaba removendo toda a oleosidade da pele, inclusive a natural.

Outro ponto é o uso de tônicos faciais e água micelar. Esses produtos são utilizados como um complemento para a limpeza da pele e auxiliam a regular o pH. No entanto, vale destacar que a escolha do melhor produto deve ser feita com base no estado da sua pele. Enquanto o tônico é mais indicado para peles oleosas, a água micelar pode ser uma boa escolha para quem tem peles secas ou mais sensíveis.

Ficou com dúvidas sobre como fazer uma boa rotina de cuidados com a pele e escolher os melhores produtos? Confira nosso artigo sobre skincare e saiba tudo sobre essa importante rotina de autocuidado.

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