O envelhecimento da pele é um processo natural, mas você sabia que compreender o que acontece com as nossas células ao longo do tempo, especialmente no que diz respeito aos telômeros e ao envelhecimento, pode transformar a forma como cuidamos dela?
Talvez você ainda não tenha ouvido falar, mas os telômeros são estruturas essenciais para a longevidade celular e a manutenção da juventude de modo geral, inclusive a cutânea, e estão entre os mecanismos celulares mais estudados pela ciência nos últimos anos.
Continue com a gente e entenda o que são essas estruturas, qual a função delas, por que elas encurtam ao longo da vida, o que isso tem a ver com o envelhecimento cutâneo e como protegê-las.
O que são telômeros?
Os telômeros são pequenas estruturas de DNA que atuam como “capas protetoras” nas extremidades dos cromossomos. Imagine um cadarço de sapato. Em suas pontas há capinhas de plástico que servem para impedir que o cadarço se desfie. Os telômeros atuam da mesma maneira com os cromossomos, ou seja, protegendo-os contra possíveis danos e mutações.
Qual é a função dos telômeros?
A todo momento, um grande número de células está se dividindo em nosso corpo. As células da pele, por exemplo, têm um ciclo de renovação celular de aproximadamente 28 dias. Nesse processo, a principal função dos telômeros é preservar a integridade do material genético. A cada divisão, eles garantem que o DNA seja copiado corretamente e que a célula mantenha a sua capacidade de funcionar de forma eficiente.
Acontece que, a cada vez que uma célula do nosso corpo se divide, os telômeros ficam menores. Isso ocorre porque o processo de cópia do DNA não replica completamente as extremidades. Quando encurtam demais, a célula perde a capacidade de se dividir e entra em um estado chamado senescência celular, ou seja, ela perde progressivamente a capacidade de se renovar.

Nessa fase, a célula não morre, mas também não se multiplica mais, e passa a liberar substâncias inflamatórias que podem afetar as células vizinhas e acelerar o envelhecimento dos tecidos. Esse mecanismo é um dos biomarcadores mais importantes do envelhecimento da pele e também da longevidade em geral.
Por que os telômeros encurtam ao longo da vida?
O encurtamento dos telômeros é um processo natural, mas alguns fatores podem acelerar esse processo. No entanto, antes de entrarmos em cada um deles, vale entender um pouco mais sobre uma enzima chamada telomerase.
A telomerase é responsável por manter o comprimento dos telômeros durante a divisão celular. Sua principal função é adicionar sequências de DNA às extremidades dos cromossomos, impedindo que eles se encurtem a cada divisão. Logo, quando a atividade da telomerase diminui ou é suprimida, os telômeros encurtam progressivamente, o que contribui para o envelhecimento das células.
Fatores que aceleram o encurtamento dos telômeros
Entre os fatores que podem interferir no encurtamento dos telômeros e também na atividade da telomerase, estão:
- Radiação ultravioleta (UV) e poluição ambiental, que aumentam a produção de radicais livres e danificam o DNA, incluindo os telômeros;
 - Estresse oxidativo e inflamação crônica, que comprometem as células e reduzem a capacidade natural de reparo, levando à diminuição acelerada dos telômeros;
 - Hábitos de vida pouco saudáveis, como má alimentação, noites mal dormidas, estresse, tabagismo e sedentarismo.
 
Um estudo publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences mostrou que níveis elevados de cortisol, o hormônio do estresse, estão diretamente relacionados ao encurtamento de telômeros.
Entre os resultados da pesquisa, um dos mais impressionantes é que o grupo com altos níveis de estresse apresentou telômeros significativamente mais curtos, uma diferença equivalente a algo entre 9 a 17 anos adicionais de “envelhecimento celular”. Além disso, sua atividade de telomerase também foi 48% menor. Um impacto que, possivelmente, se reflete também nas células da pele.
Mas afinal, qual é a relação entre encurtamento dos telômeros e envelhecimento da pele?
Nossa pele é um dos tecidos do corpo que mais se renova, e para isso as células precisam se dividir continuamente. Mas, como já vimos, quando os telômeros se encurtam demais, elas perdem essa capacidade de se dividir e se regenerar com eficiência.
Isso significa menor renovação celular cutânea, redução da síntese de colágeno e elastina e aumento do acúmulo de células senescentes, que já não se dividem, mas continuam secretando substâncias inflamatórias que prejudicam o tecido ao redor delas.
O resultado visível é a progressiva perda de firmeza e elasticidade, a flacidez, as rugas e a textura irregular, bem como aquela aparência de pele cansada, sinais típicos do envelhecimento cutâneo.
Estratégias para proteger os telômeros
A boa notícia é que os telômeros podem ser protegidos por meio de hábitos saudáveis e ativos cosméticos específicos que atuam a favor da longevidade celular e contribuem para uma pele mais saudável.
Estilo de vida
Diversos estudos mostram que hábitos saudáveis estão associados a telômeros mais longos e maior atividade da telomerase:
- Sono adequado: sim, o sono da beleza é real. Dormir pouco aumenta a produção de hormônios do estresse, como o cortisol, e reduz a capacidade do corpo de reparar danos celulares, favorecendo o encurtamento dos telômeros. Uma noite de sono de qualidade, de 7 a 9 horas, pode contribuir para “frear” o envelhecimento celular.
 - Prática de atividades físicas: um estudo a associou com telômeros mais longos, sugerindo que manter-se ativo ajuda a preservar essas estruturas. A atividade física auxilia na redução da inflamação e do estresse oxidativo, além de estimular a produção de substâncias protetoras nas células.
 
- Alimentação equilibrada: alguns alimentos podem contribuir para um menor encurtamento dos telômeros, pois reduzem o estresse oxidativo e a inflamação, importantes causas do encurtamento. Uma boa pedida é incluir no cardápio alimentos ricos em antioxidantes, polifenóis e flavonoides, ácidos graxos e vitaminas A, C, D e E. Exemplos práticos incluem principalmente frutas, vegetais, sementes, cereais e leguminosas.
 
- Gestão do estresse: práticas como meditação e atenção plena (mindfulness) estão associadas à redução do estresse e equilibram os níveis de hormônios como o cortisol, proporcionando um equilíbrio metabólico e celular e contribuindo para proteger as células e retardar o envelhecimento.
 
Proteção contra agressores externos
Além de adotar bons hábitos que contribuem para um estilo de vida mais saudável, há ainda estratégias de cuidados com a pele e a proteção contra os agressores externos que provocam o estresse oxidativo e também são responsáveis pela redução dos telômeros e o envelhecimento cutâneo:
- Proteção diária: todos os dias estamos expostos à radiação ultravioleta (mesmo em dias nublados e chuvosos), à radiação infravermelha e aos efeitos da luz azul e da poluição ambiental. Por isso, é fundamental o uso de um protetor solar de amplo espectro, com ativos antioxidantes e antipoluição que protejam a pele contra todos esses agentes agressores, além de fortalecerem a barreira cutânea.
 
- Rotina de skincare consciente: além da proteção solar, outros cuidados com a pele são importantes, como limpeza, esfoliação, tratamento e hidratação. Uma rotina de cuidados consistente e com os produtos adequados favorece a saúde da pele e o well-aging (conceito de envelhecer bem). Esse é o momento em que a pele recebe ativos importantes para o equilíbrio do microbioma, a integridade da barreira cutânea, a síntese de colágeno e elastina (proteínas essenciais para a firmeza e a elasticidade da pele) e o estímulo à renovação e à reparação celular.
 
Cosméticos com ativos de ação protetora
Outra dica para proteger os telômeros é adicionar à sua rotina de skincare cosméticos com ativos de ação protetora.
A ciência cosmética tem avançado na descoberta de ativos que atuam diretamente na proteção dos telômeros e na longevidade celular. Entre eles está o extrato de alga marrom (Ascophyllum nodosum), presente no Essenc’Age®, ingrediente biotecnológico que atua na redução da senescência celular e na proteção do encurtamento dos telômeros.
Ele também contribui para a neutralização do estresse oxidativo e a prevenção do envelhecimento causado pela inflamação. Além disso, possui efeito anti-fadiga que devolve a vitalidade e a luminosidade da pele.
Longevidade celular e o sérum firmador Beauty Structure

Compreender o papel dos telômeros é entender mais a fundo como se dá o envelhecimento da pele. Essas pequenas estruturas, embora não visíveis a olho nu, são determinantes para manter a vitalidade e a aparência mais jovem.
Cuidar dos telômeros é também uma forma de cuidar da pele, e isso envolve desde hábitos de vida saudáveis até o uso de cosméticos inteligentes, formulados com ativos de alta performance voltados para a longevidade celular.
A Noorskin acredita na ciência como uma aliada da beleza e traz essa visão para cada uma de suas fórmulas. Por isso, apresentamos o Beauty Structure, sérum firmador com o extrato de alga marrom (Essenc’Age®), desenvolvido para melhorar a firmeza, a elasticidade e a textura da pele e suavizar os sinais de fadiga, por meio do estímulo à produção de colágeno e elastina e com ativos que atuam na proteção do encurtamento dos telômeros.
Revele o melhor da sua pele todos os dias, conheça o Beauty Structure.
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