Vitaminas para o cabelo: força, saúde e vida para os fios

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Atualizado em 15.04.2024 | Postado em 14.04.2023
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Quem não gosta de sentir os cabelos bonitos, brilhantes e sedosos? Pois saiba que, além dos cuidados externos, manter a saúde e a beleza dos fios pode começar de dentro para fora. Conheça quais são as vitaminas para o cabelo e por quais motivos seus fios precisam delas.

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Manter o cabelo saudável faz parte da rotina de autocuidado. Além da atenção com a saúde capilar, fios bem hidratados, cheios de vida e maciez podem ajudar a dar um up na autoestima, na autoconfiança e no bem-estar. Logo, muitas pessoas buscam por produtos ou práticas que contribuam para deixá-los mais fortes, brilhantes e com vida, além de reduzir a queda. Entre elas está o uso de vitaminas especiais para o cabelo.  

Mas será que elas realmente funcionam? Por que os fios precisam de vitaminas e qual é a melhor? Além das vitaminas, existem outros nutrientes capazes de melhorar a saúde e aparência dos fios? Siga no texto e encontre as respostas para essas e outras questões.

Por que o cabelo precisa de vitaminas?

Assim como o nosso corpo depende de bons nutrientes para se manter forte e saudável, o cabelo também precisa. Para produzir fios de qualidade e com eficiência, os folículos pilosos do couro cabeludo necessitam de elementos essenciais, como proteínas, vitaminas e minerais, importantes para manter a função celular regular e o crescimento das madeixas.

Por outro lado, problemas como queda de cabelo persistente e fios opacos, quebradiços e sem vida podem indicar deficiência desses nutrientes. Nesses casos, mudanças na alimentação e no uso de suplementos, como os nutricosméticos, costumam ser indicados para reduzir os sintomas e devolver a força que o cabelo precisa.  

Quais as principais causas da queda e do enfraquecimento dos fios?

Antes de nos aprofundarmos nas possíveis causas, é importante destacar que a queda de cabelo é um processo normal e natural que acontece diariamente: os fios mais antigos caem para que novos possam crescer. 

Porém, estima-se que a perda diária deve ser de, em média, 70 a 100 fios. Quando a perda é superior a 100 fios por mais de algumas semanas, pode indicar alguma questão de saúde, e essa condição afeta muitas pessoas. 

Para se ter uma ideia, a queda de cabelo afeta cerca de 20% das mulheres adultas nos Estados Unidos. Geralmente começa após o início da menopausa, embora também possa se apresentar em mulheres mais jovens. 

Um cabelo opaco e sem vida pode ser um dos sinais que o nosso corpo está precisando de nutrientes. No entanto, outros fatores também podem estar associados à queda e à aparência dos fios, como: herança genética, questões hormonais, estresse, ansiedade, tratamentos de saúde, algumas doenças, entre outros.  

Logo, é fundamental manter o equilíbrio físico e emocional do organismo, pois ele reflete também na saúde capilar. Confira abaixo as principais causas de queda e enfraquecimento dos fios.

Genética

A alopecia androgenética (AGA), conhecida como calvície, é a forma genética de queda de cabelos e pode afetar tanto homens quanto mulheres. Geralmente, inicia-se na adolescência, com o afinamento dos fios, e se torna mais aparente após os 40 anos. 

Somado a isso, há questões hormonais e de deficiência de nutrientes que podem contribuir com os efeitos da herança genética. Em um estudo transversal com 200 mulheres com alopecia androgenética, foi verificado que 12% delas tinham níveis baixos de zinco, 9% apresentavam níveis deficientes de albumina e a ferritina encontrava-se abaixo das recomendações em 9%. Ainda, 20% das mulheres estavam com alterações hormonais, sendo o aumento da testosterona a mais frequente, enquanto a função tireoidiana encontrava-se alterada em 11%  

Por isso, a atenção com as alterações hormonais e com a nutrição é sempre válida para cuidar dos fios, por mais que fatores genéticos favoreçam o quadro.

Hormônios

Falando em hormônios, a queda de cabelo em mulheres é um dos efeitos mais comuns decorrente das alterações hormonais que acontecem durante a menopausa. De acordo com a literatura, entre 20% e 60% das mulheres apresentam queda de cabelo antes de completar 60 anos. 

A explicação pode estar no período da pré-menopausa. Na ocorrência da última menstruação, os ciclos menstruais começam a ser irregulares e estendidos. A característica dessa fase é a mudança nas concentrações de hormônios sexuais de diferentes maneiras para cada mulher. 

Algumas doenças de pele e cabelo durante a pré-menopausa podem estar associadas à produção excessiva de andrógenos, os “hormônios masculinos”, ao passo que o estrogênio diminui. Mulheres com maior concentração desses hormônios podem ter maior queda de cabelo. Como exemplo, a dihidrotestosterona (DHT), originada da testosterona com a participação de uma enzima presente nos folículos capilares, é um hormônio que influencia fortemente os folículos capilares. Mas o seu excesso enfraquece os folículos e leva à queda do cabelo.

Sabemos que as alterações hormonais são comuns durante a menopausa, mas existem técnicas de reposição hormonal que podem apoiar tratamentos quando forem recomendadas pelo profissional da saúde.

Estresse e ansiedade

Você já deve ter ouvido alguém relatar que percebeu queda excessiva dos fios de cabelo em momentos de estresse. Nos últimos anos, as pesquisas sobre o tema têm se aprofundado na ligação entre os dois fatores e identificam fatores emocionais relacionados com o enfraquecimento dos frios. 

Compreender a interação entre o estresse e a saúde do cabelo é complexo pelo fato de que a perda de cabelo em si pode ser uma condição estressante e levar a danos psicológicos significativos. 

Entretanto, controlar o estresse e a ansiedade, pensando na saúde de um modo geral, só traz benefícios para o indivíduo, independente dos problemas capilares. Então, de qualquer forma, vale a pena dar atenção aos fatores emocionais na investigação da queda de cabelos e analisar a opinião de um especialista dentro do contexto de tratamento.

Condições clínicas

Pessoas submetidas a procedimentos cirúrgicos mais complexos, geralmente têm ingestão de calorias muito baixas durante a recuperação. Com isso, o organismo tende a utilizar a proteína como fonte energética, deixando assim de fazer seu papel estrutural e de síntese de tecido capilar. 

Como exemplo, a queda de cabelo decorrente da cirurgia bariátrica e metabólica pode estar relacionada a deficiências de alguns nutrientes como proteínas, ácidos graxos essenciais e zinco, que são importantes para a saúde dos cabelos. 

Um estudo avaliou 50 pacientes submetidos à gastrectomia vertical laparoscópica, um tipo de cirurgia bariátrica. A perda de cabelo pós-operatório (6 meses) foi observada em 56% dos pacientes, sendo mais prevalente nas mulheres (46%) do que nos homens (10%). Além disso, é importante ressaltar que pacientes com níveis mais baixos de zinco no pré e no pós-operatório apresentaram mais queda de cabelo em comparação àqueles com níveis normais. O mesmo padrão foi observado com relação à vitamina B12. 

A saúde dos fios é um dos motivos que nos leva a reforçar a atenção com o aporte de alguns nutrientes na fase pós-operatória para apoiar o tratamento e otimizar a recuperação dos pacientes.

COVID-19 e a queda de cabelo

Algumas pessoas que testaram positivo para COVID-19 relataram queda de cabelo após a infecção. Atualmente, estudos observam relação indireta entre a doença e a perda dos fios, mas o mecanismo envolvido ainda segue em investigação. 

Uma revisão concluiu que as causas parecem ser diversas: enquanto alguns autores acreditam que os sintomas de febre e estresse desencadeariam a condição, outros defendem que a liberação de citocinas inflamatórias durante a infecção poderia acarretar no aumento da queda capilar pós-doença.

Envelhecimento

Assim como o corpo, os cabelos acompanham o envelhecimento natural. É comum esperar que os fios se tornem grisalhos ou brancos com o tempo, mas as mudanças no cabelo podem incluir também enfraquecimento, dificuldade de crescimento e resultar em quedas e até em calvície. 

De acordo com uma publicação, a queda capilar afeta homens e mulheres durante o processo de envelhecimento, com uma percentagem estimada de calvície após os 65 anos de idade de 53% e 37%, respectivamente. Isso acontece por inúmeras razões. As alterações fisiológicas do envelhecimento, mudanças de padrão alimentar, como menor ingestão de proteínas e de micronutrientes, bem como a queda de cabelo patológica ou induzida por medicamentos, devem ser sempre consideradas nessa faixa etária.

Nutrição 

A força e saúde dos fios de cabelo também depende de uma nutrição adequada. Pesquisas confirmam que dietas rigorosas podem provocar queda de cabelos. Além delas, desnutrição, alimentação parenteral insuficiente ou má absorção gastrointestinal também podem prejudicar o crescimento dos fios.

Ainda, casos de anorexia e bulimia podem ter como sintoma as quedas capilares. As pessoas que apresentam essas condições podem perceber os cabelos mais fracos, mais ralos e com alterações em seu crescimento (crescendo menos do que o normal). Assim, a nutrição inadequada pode contribuir com a queda de cabelo nesse contexto.

É importante destacar que a desnutrição proteica causa distúrbios na síntese de cabelo, deixando-os fracos e quebradiços. A queratina, principal componente dos fios, é uma proteína produzida nas células da pele e na haste do cabelo, sendo responsável ​​pela elasticidade do mesmo. Essa substância confere brilho e continuidade aos cabelos e, por isso, na sua falta, esses apresentam tendência a se dividir em duas partes, as famosas “pontas duplas”. Ainda, outras substâncias proteicas como o aminoácido L-lisina e a metionina também são de extrema importância na saúde dos fios.

Além das proteínas, as vitaminas e os minerais são essenciais para a força e para a vitalidade do cabelo. E é neles que vamos colocar atenção a seguir.

Vale lembrar, no entanto, que de modo geral as pessoas sofrem mais com deficiências de vitaminas e minerais do que com o excesso. Isso se deve a alguns fatores como: falta de uma alimentação balanceada, empobrecimento do solo, uso excessivo de agrotóxicos, uso de medicamentos ou condições que reduzem a absorção de nutrientes pelo organismo, entre outros. 

Quais são as principais vitaminas para o cabelo?

Cada vitamina tem o seu papel no organismo e na manutenção de um corpo mais saudável, o que também se reflete no cabelo. Por isso, quando o organismo não apresenta deficiência de nutrientes, os fios ficam mais fortes, brilhantes e volumosos, da raiz até as pontas.

Conheça as principais vitaminas para o cabelo e seus benefícios:

Vitamina A

A vitamina A auxilia principalmente no crescimento e no fortalecimento dos fios. Além disso, esse nutriente regula as células-tronco do folículo capilar, de forma dose-dependente, influenciando no funcionamento do ciclo capilar.

Se a sua deficiência está associada à pior saúde capilar, por outro lado, o excesso desse nutriente parece agravar a queda de cabelo e também contribui para a alopecia. A deficiência de vitamina A é rara e na maioria das vezes é possível atingir níveis adequados com uma alimentação equilibrada.

Vitaminas do complexo B

As vitaminas do complexo B apresentam diversas funções no organismo, sendo uma delas a manutenção da saúde do cabelo. Entre as que mais se destacam nessa função estão:

  • B2 (riboflavina): devido ao seu papel indispensável na produção de energia e funcionamento celular, a sua deficiência, embora rara, pode ocasionar queda de cabelo;
  • B6 (piridoxina): auxilia na síntese de cisteína, principal integrante da queratina, proteína que corresponde a aproximadamente 90% da composição dos fios de cabelo;
  • B7 (biotina): possui ação antioxidante, contribui para o desenvolvimento do folículo piloso e para a síntese de queratina. É utilizada no tratamento de doenças do couro cabeludo, como dermatite seborreica e alopecia em indivíduos com níveis baixos do nutriente. Sua deficiência está relacionada à queda e despigmentação do cabelo;
  • B9 (ácido fólico): por participar da produção dos glóbulos vermelhos e da hemoglobina, está envolvido indiretamente no transporte de oxigênio aos tecidos que constroem os fios de cabelo. Ainda, tem papel na reconstrução das células do folículo capilar e previne o envelhecimento e a queda dos cabelos;
  • B12 (cobalamina): também está envolvida na síntese de queratina a partir da metionina, contribuindo para a saúde do cabelo de modo geral e sua deficiência está associada a alterações capilares.

Vitamina C

Nutriente muito conhecido para cuidar da pele, a vitamina C também tem suas contribuições para a saúde dos fios, pois auxilia na síntese das fibras de colágeno e atua como um poderoso antioxidante no combate aos danos causados pelos radicais livres. Além disso, por melhorar a absorção intestinal de ferro, a vitamina C é um nutriente importante para indivíduos com alopecia que possuem deficiência de ferro associada.

Vitamina D

Há evidências de que a deficiência de vitamina D pode estar relacionada à alopecia areata, uma doença inflamatória que provoca a queda do cabelo de forma intensa e pode ser desencadeada por fatores diversos, como a genética e a participação autoimune. Sua ação no crescimento dos queratinócitos do folículo capilar ajudaria a explicar essa relação, visto que a queda acentuada de cabelo é observada em pacientes com raquitismo – deficiência crônica de vitamina D.

Por isso, devido a sua ação imunorreguladora, manter níveis adequados do nutriente pode ser uma boa alternativa para pacientes em tratamento ou que apresentem deficiência da vitamina, o que é bastante prevalente.

Vitamina E

Atua como um excelente antioxidante na proteção dos danos causados pelos radicais livres, reduzindo o estresse oxidativo e podendo auxiliar na prevenção do envelhecimento dos fios. Devido às suas ações imunomoduladoras, alguns achados indicam que a deficiência desse nutriente pode estar relacionada à alopecia.

Níveis deficientes de vitamina E são raros, mas a superdosagem também pode trazer complicações ao sistema imunológico como um todo.

Nutrientes além das vitaminas para o cabelo

Os minerais também merecem atenção especial quando falamos de nutrição capilar. Entre eles, podemos citar:

  • Cobre: está envolvido na pigmentação do cabelo e contribui para o crescimento e estrutura adequada dos fios;
  • Ferro: por compor a hemoglobina, está relacionado ao transporte de nutrientes aos tecidos que produzem os cabelos. Por isso, sua deficiência causa anemia, que pode levar à queda dos fios;
  • Zinco: influencia os folículos capilares e o crescimento dos cabelos. Níveis baixos desse mineral são comumente encontrados em indivíduos com alopecia, com melhora no crescimento dos fios após suplementação;
  • Selênio: atua como um antioxidante, auxiliando na proteção dos danos causados pelos radicais livres e na manutenção da estrutura do folículo capilar. Sua deficiência pode levar à queda de cabelo, porém seu excesso pode levar à toxicidade e prejudicar os fios;
  • Enxofre Orgânico (MSM): mineral importante na formação e estrutura da queratina, principal componente dos fios;
  • Silício: contribui na síntese e na compactação de queratina no cabelo, melhorando a resistência dos fios, além de conferir crescimento e brilho. Em alguns nutricosméticos, é possível encontrar a forma solúvel do silício, o ácido ortosilícico, que tem sua biodisponibilidade aprimorada quando estabilizado em colina.

Afinal, qual é a melhor vitamina para o cabelo?

Depois de conhecer as vitaminas e suas propriedades que auxiliam na nutrição capilar, você deve estar se perguntando qual é a melhor para cuidar do seu cabelo. A verdade é que não se trata apenas de uma vitamina, mas sim de um conjunto que inclui também minerais e outros nutrientes essenciais, como aminoácidos e antioxidantes.

Tudo depende do que, de fato, o seu cabelo precisa. Por isso, é essencial observar o estado dos fios, perceber como está sua saúde, sua alimentação e buscar ajuda profissional para identificar o que o seu cabelo precisa e qual é a melhor forma de tratamento. Há vitaminas que podem ser ingeridas de forma isolada e também nutricosméticos compostos por vários nutrientes.

O poder dos nutricosméticos

Os nutricosméticos são suplementos de uso oral repletos de nutrientes importantes para a saúde do cabelo, da pele e das unhas. Fortes aliados de uma alimentação equilibrada, eles certamente são uma ótima escolha para cuidar dos fios, pois contam com boas doses de vitaminas e minerais que atuam em sinergia para uma nutrição mais eficiente.

Já pensou em experimentar um nutricosmético para os cuidados com o cabelo e que ainda contribui para uma pele mais viçosa e unhas mais resistentes? Você precisa conhecer o Renaissance.

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